de Colm Tóibín
resenha por Carlos Guido Azevedo
Introdução aos comentários
De início preciso colocar minha posição de que aqui, esta
noite, não se julga qualquer posição religiosa ou opinião sacra de ninguém,
todos podemos ter nossas convicções e a elas aderir ou negar, sem qualquer tipo
de julgamento. Em princípio e por índole acho todas as religiões certas e as
respeito quanto ao que falam de seus ideários e conteúdo, mas tenho profunda
resistência ao que cada uma fala a respeito das outras religiões.
Assim, vamos conversar e discutir um romance que tem como
tema uma figura religiosa abordada de um ponto de vista pessoal do autor, como
personagem ficcional.
O autor - Colm Tóibín
Filho de um professor e de uma bibliotecária, Colm Tóibín
fez a sua educação formal como aluno interno do St Peter's College, entre 1970
e 1972, após a morte do seu pai, com um aneurisma cerebral, prosseguiu os seus
estudos na University College Dublin de onde se licenciou em 1975, e foi para
Barcelona.
Regressou à Irlanda, em 1978 e iniciou o Mestrado, que não
concluiu, para fazer carreira como jornalista atuando como editor da revista
noticiosa mensal Magill entre 1982 e 1985, com grande sucesso.
Toíbin até o momento tem 10 romances publicados e uma longa
lista de prêmios.
Sua primeira novela, O Sul, lançada em 1990, inspirou-se
parcialmente nos seus tempos passados na capital da Catalunha, tal como seu
ensaio Homenagem a Barcelona, também desse ano.
The Heather Blazing de 1992, foi a sua segunda novela,
seguida por A História da Noite, em 1996 e O Farol de Blackwater, em 1999.
Em 2004 Tóibín publicou O Mestre, um retrato ficcional da
vida do escritor Henry James, que foi indicado ao prestigiado Booker Prize.
Tóibín sempre trabalhou como jornalista, tanto na Irlanda
como no estrangeiro, tendo também alcançado prestígio como crítico literário,
ao editar e escrever obras como The Penguin Book da Ficção Irlandesa em 1999 e A
Livraria Moderna: As 200 Melhores Novelas em Inglês desde 1950, também em 1999,
bem como o famoso ensaio Amor em um Tempo Escuro, entre outros.
A história de Maria – a formação do imaginário,
Maria em hebraico e Miriam em aramaico,
também conhecida como Maria de Nazaré e chamada pelos católicos e ortodoxos de Virgem
Maria e de Nossa Senhora, foi a mulher israelita de Nazaré,
identificada no Novo Testamento e no Alcorão como
a mãe de Jesus através da
intervenção divina.
Maria teria vivido na Galileia no final do século I a.C. e início do século I d.C., a tradição da Igreja e escritos apócrifos afirma que os pais de Maria eram um casal de idosos, São Joaquim e Santa Ana, e que Maria nasceu sessenta anos depois que seus pais se casaram.
De acordo com o costume judaico, aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo e ali permaneceu a serviço até a morte de seu pai, quando tinha doze anos. Então, teria se transferido para Nazaré e prometida como noiva a José, seu primo, com essa idade de 12 anos.
O Nascimento de Jesus teria ocorrido cerca de uma no depois, ainda noiva de José e enquanto aguardava o rito do casamento que formalizaria a união.
A Bíblia registra o papel de Maria em eventos importantes da vida de
Jesus, desde o seu nascimento até a sua ascensão.
Escritos apócrifos falam de sua morte e
posterior assunção ao céu. Os cristãos da Igreja Católica, da Igreja
Ortodoxa, da Igreja Ortodoxa Oriental, da Igreja
Anglicana e da Igreja
Luterana acreditam que Maria, como mãe de Jesus é a Mãe de Deus e
a Teótoco,
literalmente Portadora de Deus.
Os evangelhos canônicos de São Mateus e São Lucas descrevem Maria como uma virgem
e nós cristãos acreditamos que ela concebeu seu filho milagrosamente pela ação
do Espírito Santo. Os muçulmanos acreditam
que ela concebeu pelo comando de Deus e os protestantes a credenciam apenas
como mãe terrena de Jesus, não a veneram e reduzem sua importância diante das
poucas referências a ela no evangelho.
Na verdade ela é mais referida no Evangelho de Lucas do que nos outros
evangelhos, identificando-a pelo nome doze vezes, todas elas na narrativa da
infância (Lucas
1:27,30,34,38,39,41,46,56, Lucas
2:5,16,19,34). O Evangelho de Mateus menciona seu nome por
cinco vezes, quatro delas na narrativa da infância (Mateus
1:16,18,20, Mateus 2:11) e apenas uma
vez (Mateus 13:55) fora da
narrativa da infância.
O Evangelho de Marcos cita Maria apenas uma
vez (Marcos 6:3) e a menciona
como a mãe de Jesus, sem nomeá-la, em Marcos 3:31. Enquanto o Evangelho de João se refere a ela duas
vezes e a descreve como mãe de Jesus, mas não a menciona pelo nome.
Ela é vista pela primeira vez nas bodas de Caná da
Galileia (João 2:1-12), um evento
que só é mencionado neste evangelho e também é o único texto dos evangelhos
canônicos em que Maria dirige a palavra a Jesus adulto.
A segunda referência em João, também exclusivamente listada neste
evangelho, descreve a mãe de Jesus junto à cruz de seu filho com o "discípulo amado" (João 19:25-26).
No livro dos Atos dos Apóstolos, escrito segundo Lucas,
Maria e os irmãos de
Jesus são mencionados na companhia dos onze apóstolos que
estavam reunidos no Cenáculo, depois da ascensão (Atos 1:14).
Finalmente, no livro do Apocalipse (Apocalipse 12:1-6), João
não identifica explicitamente a "mulher vestida de sol" como Maria de
Nazaré. No entanto, alguns intérpretes fizeram essa conexão, outros
interpretam a "mulher vestida do sol" como a Igreja instituída por
Deus.
Maria foi venerada desde o início do cristianismo e ao longo dos séculos
ela tem sido um dos assuntos favoritos da arte, da música e da literatura
cristã e gerado muitas controvérsias.
Não foram poucas as contendas que a sua história causou ao
longo de todos os séculos de construção da igreja cristã. Muitas lutas
fratricidas, muitas apostasias e muita veneração foram demonstrando a
necessidade da alta hierarquia da igreja ir redefinindo essas qualidades e
fazendo-a cada vez mais santa, cada vez mais venerada e resolvendo as questões
de doutrina através da proclamação de dogmas, que são afirmações incontestes
definidas pelo papa na Cátedra de Pedro que não podem ser questionadas pelos
cristãos.
Os 4 dogmas da Igreja sobre Maria:
Maternidade divina: Cristo é pessoa Divina e Maria é sua
mãe. Dogma do Concílio de Cápula, Itália, ano 381 – Resolve polêmica dos
“nestorianos” popular entre os cristãos do oriente. Duas naturezas de Jesus a
humana e a divina. Maria seria mãe da natureza humana. Téotokos. Éfeso 431...
Virgem, antes, durante e depois do parto – Concílio de
Constantinopla em 553 “resolve as tendências gnósticas de dizer que Jesus era
filho de José”.
Concebida sem pecado, totalmente isenta de pecado,
inclusive de sua concepção por Santa Ana e Joaquim. Foi dogma declarado pelo
Papa Pio IX no ano de 1854. “contra o racionalismo” que negava ação de forças
sobrenaturais no mundo, “visão científica”.
Maria foi assunta ao Céu Dogma de Fé proclamado por Pio XII
em 1950 Maria subiu aos céus de corpo e alma ... Depois da Segunda Guerra para
fortalecer a santidade da vida e a dignidade do corpo humano.... todos irão
ressuscitar.
O Testamento de Maria
A estrutura:
Em forma de testemunho, mais que testamento, o autor
constrói uma narrativa a partir das reflexões de Maria alguns anos após os
acontecimentos daquela semana de pesadelo, enquanto aguarda, escondida sob a
proteção dos discípulos, ser levada para sua estada definitiva em Éfesos.
Na narrativa, Maria expressa seu incômodo com a insistência
dos discípulos de Jesus para que ela fale tudo o que viveu e viu, segundo o
ponto de vista deles, que chegam a expressar quase satisfação com a façanha do
Filho e esperam suas promessas de um novo mundo, sem compreenderem a dor de uma
Mãe e o perigo constante que ela corre.
Eles não parecem interessados no que ela pensa ou em como
ela se sente, eles apenas querem que suas próprias opiniões sejam verificadas,
porque têm muito orgulho do que estão escrevendo.
Maria não quer falar com eles ou com ninguém, ela sabe que
eles não podem entender como é ver seu único filho morrendo em agonia
inconcebível enquanto seus atormentadores estão assistindo aquilo tranquilos,
como um fato natural e ainda lançando dados para dividir suas roupas.
Tóibín resgata essa Mãe que perdeu seu filho diante de
fatos injustificáveis e que só faziam o bem, com uma estrutura de narrativa
quase bíblica e uma linguagem coloquial, despindo Maria de todas as qualidades
honoríficas e propriedades divinas, posteriormente a ela atribuídas, sem
ofender sua humanidade, dignidade e grandeza de mãe.
Maria relata, como relevantes, cenas que não interessam aos
discípulos, como o homem da gaiola com um pássaro que era alimentado com
coelhos vivos durante a crucifixão, a presença constante do estrangulador que a
seguia por todo canto e estava fixo em sua memória, os homens que jogavam dados
embaixo da cruz, apostando suas vestes. Cenas que parecem marcar a presença do
Mal em cada etapa e que não parece interessar aos homens, que têm objetivos
grandiosos para o que escrevem.
Comportando-se com dignidade, mas com firmeza ela defende
seu espaço, sua contribuição e sua vida, ela não quer contar o que se passa em
seu interior. Tem excesso de memória, lembra de coisas demais, coisas que
gostaria que não tivesse acontecido e expressa seu incômodo, principalmente com
uma certa presunção de grandeza e de orgulho que afeta o comportamento e a fala
desses discípulos. “Há algo de faminto e grosseiros neles e parecem todos
desajustados, filhos únicos, como Ele”.
Chega a se culpar por não ter prestado mais atenção aos
amigos que conviviam com Ele e que gozavam da intimidade de sua casa, depois
que seu marido morrera.
Guarda a cadeira do marido e não permite que ninguém sente,
numa clara demonstração de amor e respeito a ele e não submissão, nem ao Filho,
nem aos seus seguidores.
Com dificuldade de ir a sinagoga ela vai ao templo da Deusa
Ártemis e consegue lá, ver o divino que lhe dá consolo e segurança suficiente
para ir vivendo.
A ação no livro corresponde aos eventos descritos pelos
evangelistas na semana anterior à crucifixão de Jesus e a tentativa de Maria
para evitar a sua execução. Num compasso quase bíblico, em especial no diálogo
de Pilatos com o povo, a descrição é cheia de matizes para construir o clima
surreal da preparação, do julgamento e da crucifixão, como uma grande
orquestração do Templo e dos Romanos para dar, ares de legalidade, a uma decisão
já tomada.
Em sua voz, Maria conta, os acontecimentos de seu ponto de
vista, descrevendo os cenários em que ocorreram os fatos e as variações do
ambiente mundano que envolviam seu Filho e suas ações milagrosas que
contrariavam os poderosos e até a natureza em si. Numa demonstração de poder
que encantava a todos, mas a ela só preocupava.
Assim que Maria recebe a vista do seu primo Marcos de Caná,
que a avisa sem meias palavras, que seu Filho vai ser preso e será condenado à
morte pelo pessoal do Templo e que só há uma chance para a sobrevivência dele,
que ela o convença a fugir lá da festa de casamento em Caná e a se esconder por
um bom tempo.
Ela segue o conselho e vai para a festa, disposta a exigir
que Ele a acompanhe e saia daquele ambiente discretamente. Treina a própria voz
para dar um tom de autoridade ao que vai falar. Descreve sua chegada à casa dos
seus familiares, mas sente a repulsa e o medo que já pairam sobre sua família. “Nunca
confie em parentes, eu sempre digo. Eles são os primeiros a fechar a porta no
seu rosto”.
Segue para a casa das irmãs de Lázaro o ressuscitado, e vai
com elas para o casamento. Sente a necessidade de fazer a pergunta que todos
querem fazer a Lázaro, mas perde a oportunidade e relata quão contrariado,
fraco e perplexo ele estava com o acontecido.
Na festa, não consegue ser ouvida pelo filho que está
empoderado e se comporta de jeito estranho, como Rei. Vive aclamado pelos
seguidores que fazem algazarra ao seu redor. Assume que não pediu para ele
transformar água em vinho, mas presenciou a alegria tomar conta dos convivas
depois que ele fez o milagre, meio para demonstrar o Seu poder.
Daí em diante a ação segue os passos do evangelho, com
relevância para os momentos do diálogo de Pilatos com o povo, instruído pelos
anciãos do Templo. Nessa parte, Tóibín consegue projetar a psicologia da
multidão sem cérebro que deseja sangue. A violência da turba, o momento em que
todo ser humano se torna mais feroz que qualquer animal. Exceto que os animais
têm um senso de justiça e a multidão não tem nenhum senso e é levada cegamente
pelos manipuladores. Esta tem sido a história do nosso mundo desde o início dos
tempos.
É fascinante a maneira como Tóibín desdobra a história e
desenvolve eventos conhecidos por todos. O momento em que Pilatos apresenta
Jesus à turba foi um dos mais terríveis do romance. Ele é descrito, de forma
suficiente, em grandes pinceladas sem detalhes baratos que possam contaminar o
peso emocional da cena. É o terror de uma injustiça incompreensível.
As palavras e pensamentos de Maria são cuidadosamente escolhidos,
pelo autor, de forma a construir essa ambiência, esse clima de tensão e ainda
introduzir as sensações próprias de Maria, como o sapato que aperta, a busca do
olhar do estrangulador que a segue a todo momento e seu sentimento permanente
de medo e revolta com o horror do que está acontecendo.
Os indícios sombrios do horror do que está acontecendo está
por toda parte e o cenário é muito poderoso. Silêncio, escuridão, vozes
incorpóreas no meio da noite. Um intenso sentimento de isolamento envolve Maria
e Jesus, embora seja seguido por uma multidão de pessoas, prenunciando que a
perda e o tormento são experiências terrivelmente solitárias.
O autor relata o olhar de Maria sobre a cena como um todo,
seu esforço para se manter calma e segurar sua ira, para não denunciar os seus
aos torturadores. Maria busca em si a força para separar a sua dor, da dor do
seu Filho. Mas, no percurso até o Calvário quando ele cai ela parte para lhe
acudir e é contida pelas amigas.
O sentimento de ver uma mãe observando seu filho, espancado
e humilhado, caminhando para uma morte injusta e aterrorizante, forçado a
carregar o instrumento de sua execução é profundamente comovente. A cena da
Crucificação é rapidamente tratada. Tóibín não precisa recorrer a cenas teatrais
chocantes ou à descrição de muito sangue, nada disso importa.
Maria presencia até não poder mais a tortura do seu Filho e
sai do ambiente antes de sua morte. Pouco depois têm um sonho coletivo em que participam
da sua retirada da cruz e compõem juntas com as companheiras, a cena da Pietá.
Em sua casa, de portas fechadas e luz apagada ela rememora
cada momento de sua vida, as diferentes etapas de sua felicidade junto ao
marido e ao Filho, quando iam juntos à sinagoga que agora está fechada para
ela.
A tensão é magistralmente construída durante todos os momentos
e assistimos todos os incidentes exclusivamente através dos olhos de Maria,
sentimos sua dor e partilhamos da distância entre a Mãe e Filho e, como ela era
sempre a última a saber sobre os Seus acontecimentos.
Como uma mãe contemporânea e universal, Maria se sente
ameaçada por amigos e inimigos, ela mostra todos os seus sentimentos com
lucidez e nostalgia, mas deixando claro o que sente em relação à missão do
Filho que para ela lhe parece em vão, se foi para salvar essa humanidade
injusta, “ Não valeu a pena”.
Comentários Finais
Tóibín criou uma perspectiva nova e fascinante sobre um dos
eventos históricos mais conhecidos da humanidade, contada por um personagem que
estava próxima deles e que é admirada no mundo todo.
Esta visão me fez ler mais e compreender melhor o papel de
Maria, para quem apenas tinha devoção e amplo desconhecimento.
Além de mãe, símbolo religioso e figura histórica. Maria é
figura de enorme estatura moral e uma verdadeira e inesquecível mulher. Ela encara
a imensa crueldade dos romanos e dos anciãos judeus e a estranha e inexplicável
exaltação dos discípulos de Jesus com sua vida de sacrifícios e perseguições,
com dignidade e humildade.
No romance, Maria, mesmo destituída de todos os benefícios,
propriedades, qualidades, e especificidades que foram sendo colocados sobre ela
nos anos que se seguiram à sua vida, permanece como uma mulher acima de
qualquer outra, pelos seus valores pessoais, uma mãe corajosa, forte,
contemporânea e digna de toda a consideração e respeito.
Corajosa e contemporânea porque foi capaz de enfrentar uma
gravidez com risco de estar só, como tantas outras mulheres atuais, que não
contam com a solidariedade de seus companheiros, além da ação prazerosa da
construção conjunta da fecundidade. Isso, numa época com possibilidade real de
apedrejamento e diante de um marido, que se não fosse a intervenção do anjo, seria
igual a tantos da atualidade.
Forte e caridosa, porque mesmo grávida, se mudou para a
casa de Isabel, prima mais velha, e lá permaneceu por três meses em apoio à sua
gravidez, ela que já estava gerando um filho de alta responsabilidade.
Digna de toda a consideração porque não esmorece na missão
de criar um filho de lhe dar bons exemplos, de reclamar suas companhias, de
tentar a todo custo salvar sua vida como qualquer mãe. De não abrir mão de sua
fé e se manter judia e confiante na mão Divina.
Para mim esse romance me levou a conhecer mais uma pessoa
que venero desde criança e a quem devo muito e sou grato por várias passagens
da minha vida.
Na primeira leitura achei O Testamento de Maria um romance
pungente, poderoso e corajoso, achei mesmo uma obra-prima em torno dos
pensamentos e da caracterização comovente de uma figura religiosa tão querida
por milhões de pessoas.
Na segunda leitura achei que havia muitos problemas de
referência com as Escrituras e que ele teria subtraído informações importantes
que poderiam corroborar melhor o nível de informação de Maria sobre o destino
do seu Filho, como a Anunciação, a própria Concepção, a visita a Isabel e o
Magnificat; A visita dos Reis Magos; a previsão do sacerdote quando Ele foi
apresentado no Templo e tantas outras informações que deram a Maria suficiente
informação sobre o destino do seu Filho, mas que trariam sem dúvida,
complexidade ao desenrolar da estória do ponto de vista do autor.
Na terceira leitura fui mais imparcial, já havia lido
outros livros seus, como O Sul e, Mães e Filhos e conhecia melhor o seu estilo.
Então pude ser mais justo e dizer que de fato é uma obra de arte, mas não chega
a ser obra prima. É uma grande sacada, mas não é original. Foi escrito com
muito respeito a figura religiosa, sem apego a preconceitos ou ditames
religiosos.
É um romance requintado, com nuances de singeleza e
sabedoria.
Fácil de ler e de indicar, numa dimensão capaz de fazer
seus leitores refletirem e se emocionarem.
Muito Bom!
Indico com louvor!
Domingo 26/01/19
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